terça-feira, 6 de setembro de 2011

Deveria ter sido assim . . .

O vento gelado uivava lá fora, a lua cheia brilhava no céu azul marinho salpicado de estrelas e iluminava o corredor aberto. Ele abriu a porta e por alguns segundos o vento entrou no quarto arrepiando-a. Ele saiu. O que estava acontecendo? Ela sabia que algo não estava certo e mesmo estando de meias e sem agasalho, saiu atras dele.
- O que foi? - Perguntou quando o viu sentado mexendo no celular.
- Nada. - Foi a resposta nada satisfatória, algo a dizia que não era bem assim. A garota sentia todos os nervos tremerem, o frio estava rigoroso, abraçou-o e apoiou seu queixo na cabeça do rapaz.

- Você não está bem! - Afirmou olhando para a tela do celular que ele jogava.
- Tá tudo bem! Eu só quero ficar sozinho. - O garoto sentiu-a tremer e finalmente a olhou, percebendo que ela não estava agasalhada e fazia muito frio, desvenciliou-se do abraço dela, tirou o agasalho e estendeu a ela, ficando só de camiseta.
- Eu não vou vestir seu agasalho! Coloca você, tá muito frio aqui fora.
Ele pareceu não dar bola, colocou o agasalho no ombro dela e voltou a atenção ao celular.
Percebendo que tinha perdido essa, a garota vestiu o agasalho.
- Então vamos voltar lá pra dentro, tá muito frio aqui!

- Vai você, eu já vou!
O silêncio preencheu a noite entre eles por alguns instantes; a menina virou-se para a porta, entrou e deitou-se com um amigo na cama debaixo do beliche.
Minutos se passaram e a porta do quarto finalmente abriu, ele entrou seguido pelo vento gelado e deitou na cama de cima, novamente o silêncio preencheu o lugar até que ela levantou da cama e subiu até ele, deitou-se ao seu lado por cima do cobertor e o abraçou, o garoto estava gelado; eles tremeram. Ele virou de frente para ela.
- Volta lá pra baixo, deita lá com ele, vocês querem ficar juntos, não quero atrapalhar nada! - Cochichou numa voz ainda desanimada que fez apertar ainda mais o coração da garota.
- Eu estou bem aqui. - Foi a resposta.

Ela passou os dedos pela bochecha dele e sentiu um sorriso se formar no escuro.

( Continua no próximo episódio, ou não . . . )

AB'

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Ela chegou e nada dele... Qual era a real dificuldade de chegar cedo? A esperança de uma conversa, quem sabe um abraço, beijos, antes da aula começar existia, mas no fundo ela sabia que a hora estava passando e que ganharia no máximo um selinho e “To atrasado amor!”. Foi exatamente isso que aconteceu, sua aula ainda demoraria horas para começar, mas quando ele finalmente chegou, a dele já havia se iniciado há poucos minutos, deu-lhe um selinho e foi. A garota deitou sozinha no banco do corredor, e acabou adormecendo.

Em seu sonho eles estavam juntos, conversando sobre tudo, contanto experiências, trocando carinhos e até mudos, se olhando sem realmente saber se deixavam seus corações acreditar naquilo, parecia realmente um sonho, era tão bom ter alguém para abraçar, alguém para ouvir chamando-a de linda, alguém para trocar mensagens, alguém para andar de mãos dadas por ai, uma companhia constante...


O sonho estava tão bom, o tempo passou sem que ela percebesse. Sentiu os lábios serem tocados suavemente, abriu os olhos lentamente, e deparou-se com ele sorrindo.


-Bom dia querida.


Simplesmente sorriu feliz, como resposta, era tão bom acordar desse jeito, quisera ela poder ser acordada sempre assim.



AB'

quarta-feira, 23 de março de 2011

Alice: Isso é impossível!
Chapeleiro: Só se você acreditar que é..

.Alice no país das maravilhas (filme)
AB'

terça-feira, 22 de março de 2011

Não vale a pena viver sonhando e se esquecer de viver.
(autor desconhecido)
AB'

segunda-feira, 21 de março de 2011

Amizade; saudade

No portão de desembarque, sabendo que o avião já pousou, as pessoas começam a sair e encontrar quem as esperava, a garota segurava uma mão na outra anciosa. Seus olhos ardem com a formação das lágrimas ao avistá-lo, no instante em que seus olhos finalmente se encontram a primeira lágrima escorre leve e tranquila assim como o sorriso que se abre, um abraço apertad e cheio de carinho:
-Você veio...
-Claro! São dezoito anos, você merece!
Ela sorri enquanto mais lágrimas lhe escapam dos olhos.
-Eu estou aqui, agora pare de chorar! - Ele pediu enquanto enxugava o rosto dela.
-Não consigo acreditar... queria você aqui para sempre.
Ele soltou-a, segurou sua mão e sorrindo disse:
-Você também me faz falta e sabe disso!
Ela olhou para baixo, fixando suas mãos unidas, ele levantou sua cabeça pelo queixo e olhando em seus olhos completou:
-Eu te amo!
-Me abraça! - disse enquanto as lágrimas voltavam a cair, ele obedeceu. - promete que não solta nunca mais?
-Prometo! A partir de agora você vai sentir meu abraço para sempre!
-Eu também te amo!
AB'

01:00

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011



simples desejo complicado;


amor pelo corpo; pela carne;


paixão que o coração sente

~_~

Deitados juntos, o filme rolando na tv, no momento só os dedos entrelaçados, as mãos pousadas entre eles no colchão, um movimento suave e ele estava de lado a observando.

Quando percebeu virou-se de frente e sorriu ao deixar seus olhos serem penetrados pelos dele, sentiu o toque da mão em seu rosto e fechou os olhos, sentiu a mão dele deslizar por sua bochecha e chegar aos lábios, era como um sonho, e ela tinha medo de abrir os olhos e acordar, mas por outro lado sabia que era verdade, ele estava realmente ali, ao pensar nisso o sorriso alargou-se e ele riu.

-porque o sorriso?

Ela mordeu o lábio inferior, muda.

-abre os olhos; olha para mim.

Sua voz era como um sussuro.

-tenho medo.

-de mim?

-não!

Ela riu.

-de acordar.

-acordar?

-é, de você não estar mais ai se eu abrir os olhos.

Escutou-se a respiração deles por um instante, a mão dele passeava por seu rosto, agora devolta à bochecha.

-e se eu disser que estarei aqui; para sempre?

Ela não respondeu, não era o suficiente, palavras não bastavam, ele entendeu o recado.

-quer uma prova?

Mais som de movimento no colchão, sentiu agora a respiração dele muito próxima.

-de que você me verá se abrir os olhos?

Ela respondeu com um mudo e significativo sorriso no canto do lábio, a mão dele escorregou da bochecha para a mecha de cabelo que caia e passou-a para tras da orelha dela, acariciou o maxilar e subiu à bochecha pelo queixo, as respirações agora se misturavam entre eles, sentia-o cada vez mais próximo, os corações batendo juntos em compasso até que finalmente os lábios se tocaram, enquanto a beijava acariciava seu rosto com o polegar, a mão da garota agora igualmente no rosto dele, sentiu-se novamente um movimento no colchão e o braço livre do garoto passou entre o colchão e a cintura dela, chegando às costas puxou-a com carinho para mais perto, seus corpos agora se tocavam, as respirações e os batimentos cardiacos continuavam a misturar-se, a mão dela escorregou do rosto para os cabelos dele, misturando-se e acariciando-o, era um sonho.

Um selinho longo, ainda de olhos fechados deu fim ao primeiro beijo, aos poucos se encararam, olho no olho.

-acredita agora que sou real?

A pergunta foi seguida por um sorriso daqueles que só ele sabe dar, e pouco era visto.

-está cada vez mais dificil acreditar..

Ela também sorriu.

-é como a re..

Será que deveria mesmo falar? A pausa existiu, mas sabia que não conseguiria esconder, e não queria esconder o que estava sentindo naquela hora, proceguiu.

-..a realização de um de meus sonhos.

Ele a encarava sorrindo, o que a encorajava ainda mais a expor-lhe o porque de seu coração bater naquele momento.

-sonhei tanto com isso; nós dois juntos finalmente..

A mão dele pousou em sua boca, fazendo-a calar-se, mas logo o sorriso abriu-se novamente tranquilizando-a.

-eu te amo

Ele sussurou para seus olhos deixando-a sem palavras, sem ar, sem reação, era real !


AB'

01:56